Sábado, 2 de Setembro de 2006
Pequena, num só braço ela se ajeita,
Fazendo caso de carinho e afago.
Feliz, não mostra o olhar tristonho e vago
Dos cães sem dono que ninguém respeita.
Vê em Sofia a sua mãe perfeita,
Disposta a reparar qualquer estrago
E a dar à vida mansidão de lago
Onde Duquesa brinca e corre e deita.
"Parece ter espírito de gente",
Falou alguém que a conheceu um dia,
Pensando promover-lhe a natureza.
Pretensioso esse povo decadente!
Sem dúvida, melhor o homem seria
Se tivesse a bondade da Duquesa.
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Solange Rech
(recebi do autor em 20/02/2006)